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TSE não alterou informações sobre resultado das eleições após divulgação de relatório com denúncias falsas
Em vídeo publicado no Instagram, mulher espalhou mentiras a respeito do processo eleitoral
Publicado em 07/11/2022 às 20:50, atualizado em 09/11/2022 às 15:31

Em um vídeo publicado no aplicativo Instagram, uma mulher afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) teria alterado a tarja com informações sobre a apuração dos votos das Eleições Gerais de 2022. Na gravação, ela ainda acusa a Corte Eleitoral de ter derrubado o próprio site após a exibição de uma live feita por um canal argentino no dia 4 de novembro.
Fato ou Boato?
As duas afirmações são mentirosas. A alteração da tarja foi provocada por um problema técnico da Meta, empresa responsável pelas redes sociais Facebook e Instagram, e não teve qualquer envolvimento do TSE. Já a breve indisponibilidade do Portal Dados Abertos foi ocasionada pelo grande número de acessos simultâneos e logo foi reestabelecida pela equipe técnica da Corte Eleitoral.
Live trouxe informações falsas sobre o processo eleitoral
Também não é verdadeira a afirmação propagada pelo autor da transmissão ao vivo de que os modelos anteriores das urnas eletrônicas não passaram por procedimentos de auditoria e fiscalização. Os equipamentos antigos já estão em uso desde 2010 (para as urnas modelo 2009 e 2010) e todos foram utilizadas nas Eleições 2018.
Nesse período, esses modelos de urna já foram submetidos a diversas análises e auditorias, tais como a Auditoria Especial do PSDB em 2015 e cinco edições do Teste Público de Segurança (2012, 2016, 2017, 2019 e 2021). As urnas eletrônicas modelo 2020, que ainda não estavam prontas no período de realização do TPS 2021, foram testadas pelo Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EP-USP), além de ter o conjunto de softwares avaliado também pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Nas três avaliações, não foi encontrada nenhuma fragilidade ou mesmo indício de vulnerabilidade. O software em uso nos equipamentos antigos é o mesmo empregado nos equipamentos mais novos (UE2020), cujo sistema foi amplamente aberto para auditoria dentro e fora do TSE desde 2021.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo