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Urnas de SP estavam sendo transportadas para depósito do TSE, onde ficarão guardadas até descarte

Equipamentos modelo 2009 não foram utilizados pelo eleitorado do Estado nas Eleições Gerais 2022

Publicado em 21/11/2022 às 18:45, atualizado em 02/12/2022 às 12:33

Circula nas redes sociais um vídeo em que um homem grava o processo de retirada de urnas eletrônicas das instalações do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), localizado na rua Libero Badaró, no centro da capital paulistana. Durante a filmagem, o autor da gravação insinua que a suposta apreensão poderia ter sido motivada pelas declarações feitas pelo presidente de um partido, que questionou o funcionamento das versões mais antigas do aparelho.

Fato ou Boato?

Ao contrário do que é sugerido na gravação, o momento registrado em vídeo trata-se de uma situação comum que nada tem a com as alegações do político. O que foi capturado pelo autor da filmagem foi a continuidade do trabalho de recolhimento de urnas eletrônicas antigas (modelo 2009) do prédio que pertence ao TRE-SP.

Os equipamentos, que possuem vida útil de dez anos, estavam sendo transportados para o depósito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília (DF), onde ficarão armazenados até serem corretamente descartados. A previsão é de que isso aconteça em 2023.

O tribunal paulista deve encaminhar ao TSE para baixa patrimonial e descarte 24.445 urnas 2009, que são identificadas por números de série e de patrimônio. O recolhimento dos aparelhos, que não foram utilizados pelo eleitorado do Estado nas Eleições Gerais de 2022, somente foi possível em razão do recebimento de 44.880 urnas modelo 2020 pela corte regional.

Caminhões não podem acessar o prédio durante a semana

A atividade, devidamente autorizada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), ocorre aos domingos devido à restrição do acesso de caminhões à área durante os dias úteis.

Vida útil de 10 anos

A vida útil da urna eletrônica é de 10 anos e seis eleições. Após esse período, o equipamento é considerado obsoleto, uma vez que a taxa de falha dos componentes da urna começa a aumentar muito. Isso também faz com que subam os custos de manutenção. 

Sem uma atualização tecnológica periódica não seria possível evoluir a urna eletrônica (hardware e software) para implantar novas funcionalidades, tais como a gravação do intérprete de Libras introduzida neste ano ou a cadeia de segurança, que autentica todo o software da urna e permite a assinatura digital individualizada dos resultados produzidos pela urna.
Saiba o que acontece com as urnas eletrônicas após as eleições.
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