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Exército não interferiu na apuração dos votos no primeiro turno das Eleições Gerais de 2022

Notícia falsa afirmava que a instituição teria sido alertada por hackers russos sobre suposta fraude eleitoral

Publicado em 07/10/2022 às 21:25, atualizado em 21/10/2022 às 21:28

Exército não interferiu na apuração dos votos no primeiro turno das Eleições Gerais de 2022

Apesar de os trabalhos eleitorais terem transcorrido com normalidade no primeiro turno das Eleições Gerais de 2022, circularam na internet algumas notícias falsas que questionaram a lisura do pleito e o processo de soma dos votos do eleitorado.

Um dos rumores afirmava que integrantes do Exército teriam sido alertados por hackers russos sobre a possibilidade de fraude na votação orquestrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para eleger determinado candidato à Presidência da República. Segundo o conteúdo duvidoso, a partir do recebimento da denúncia, a instituição teria entrado “na sala secreta” durante a totalização dos votos e impedido a manipulação. O plano envolveria uma troca entre os percentuais atingidos pelos candidatos no momento em que 12% das urnas já tivessem sido apuradas: enquanto um subia meio ponto percentual, o outro cairia um ponto.

Fato ou Boato?

A alegação de que houve fraude nos resultados do pleito já é mentirosa por si só. Os argumentos utilizados após essa afirmação também não possuem qualquer semelhança com o que realmente aconteceu no dia do primeiro turno das eleições. Ou seja, a notícia é falsa do começo ao fim e foi desmentida por diversas agências especializadas em checagem de fatos. Assim como as demais entidades legitimadas a fiscalizar o sistema eleitoral, representantes do Exército visitaram a sala onde são totalizados os votos do eleitorado, mas não interferiram no processo, que é realizado automaticamente por um data center localizado na sede do TSE, em Brasília (DF). 

Vale lembrar que, ao contrário do que dizem as mentiras disseminadas na internet, não há qualquer intervenção humana no processo de soma dos votos. Os servidores que trabalham no setor apenas monitoram os sistemas para aferir de operam da forma adequada. Na data do pleito, a sala fica aberta para visita de todas as entidades legitimadas a fiscalizar o sistema eletrônico de votação, como Ministério Público, Polícia Federal e partidos políticos.

Além disso, qualquer tentativa de modificação nos resultados da eleição seria facilmente detectada por meio da comparação entre os votos registrados nos Boletins de Urna (BUs) – relatórios emitidos logo após o término da votação em cada seção eleitoral do país – com o resultado divulgado publicamente pelo TSE. Outra demonstração do grau de confiança das urnas eletrônicas ocorre no Teste de Integridade, realizado há exatos 20 anos com o objetivo de verificar se o voto digitado é o mesmo que será contabilizado pelo aparelho. Até hoje, nenhuma divergência foi verificada.

Saiba tudo sobre o Teste de Integridade.

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