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Empresa norte-americana não foi multada por fraudar urnas eletrônicas
Penalidades aplicadas à Diebold resultaram de acordos judiciais realizados nos Estados Unidos
Publicado em 25/02/2022 às 13:05, atualizado em 18/09/2022 às 15:17

Em fevereiro de 2022, publicações compartilhadas no Facebook reciclaram uma fake antiga, de 2014, para enganar leitores ao sugerir que a empresa norte-americana Diebold teria sido multada por fraudar urnas eletrônicas.
A informação não só é falsa como distorce um fato que ocorreu nos Estados Unidos e que não tem nada a ver com as urnas brasileiras.
Na verdade, as duas multas aplicadas à empresa pela justiça norte-americana são resultado de um acordo firmado para resolver acusações de suborno e falsificação de contratos na China, Indonésia e Rússia. Nenhuma denúncia de irregularidade diz respeito às urnas eletrônicas, muito menos aos equipamentos utilizados no Brasil.
Relação com as urnas brasileiras
A Diebold atuou na fabricação dos modelos brasileiros de 2000 a 2015 e, atualmente, é responsável pela manutenção de 473 mil aparelhos que fazem parte do parque de urnas da Justiça Eleitoral. A prestação do serviço foi contratada após rigorosa licitação pública, a partir de editais cuidadosamente elaborados, com critérios claros, objetivos e transparentes. Não houve, durante o contrato, nenhum fato que desabonasse o trabalho feito pela empresa no Brasil.
Projeto da urna é do TSE
Vale ressaltar que fabricar as urnas não quer dizer que a empresa tenha acesso, nem participe da fase de desenvolvimento dos programas que rodam dentro do aparelho. Pelo contrário: tanto o projeto quanto o software do equipamento são feitos pelo TSE, que supervisiona todo o processo de produção.
A atuação de qualquer empresa contratada por licitação para fabricar as urnas se dá apenas no fornecimento das peças que integram o sistema eletrônico de votação.
TSE exigiu explicações
Na época das denúncias de irregularidades nos Estados Unidos, o TSE procurou a empresa para entender a situação e exigir explicações. Na ocasião, a Diebold informou ao Tribunal que trabalhou proativamente no caso e que estava colaborando com as investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.
Acesse as checagens e esclarecimentos abaixo
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Empresa foi multada por pagar propinas, não por fraudar urnas eletrônicas
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Empresa foi multada por pagar propinas, não por fraudar urnas eletrônicas
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Empresa foi multada por pagar propinas, não por fraudar urnas eletrônicas