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É mentira que o TSE destrua urnas eletrônicas para ocultar dados eleitorais
Desde 2008, o Tribunal recicla o material apenas dos equipamentos cuja vida útil tenha se exaurido
Publicado em 05/03/2025 às 15:50, atualizado em 05/03/2025 às 18:10

Circula nas redes sociais grave desinformação sobre o processo de descarte sustentável de urnas eletrônicas. É mentira a alegação de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estaria destruindo urnas para esconder dados eleitorais.
Para garantir a integridade e a segurança das urnas eletrônicas, desde 2008, o TSE recicla o material apenas das urnas cuja vida útil tenha se exaurido. Nenhuma urna contém algum dado armazenado. Entre 2024 e 2025, as urnas nas condições de não mais utilização, fabricadas em 2009, vêm passando por esse processo, conforme notícia publicada no portal do TSE.
Nos estritos termos da legislação vigente, após o encerramento de cada eleição, todas as informações são transmitidas para a totalização em uma mídia eletrônica independente. Portanto, não há qualquer risco de perda de dados no processo de descarte ecológico dos equipamentos.
O tempo de vida médio de uma urna eletrônica é de dez anos. Ao final desse prazo, o descarte é feito cumprindo-se protocolos rigorosos de segurança e sustentabilidade, sendo realizado por empresas contratadas por licitação pública, com processo inteiramente supervisionado por servidores da Justiça Eleitoral. O descarte das urnas eletrônicas é uma ação planejada, transparente e alinhada às diretrizes de sustentabilidade, com a garantia de que as urnas descartadas não poderão voltar a ser utilizadas nem recriadas por qualquer forma.
O processo de reciclagem envolve a descaracterização completa dos equipamentos, o que garante que eles não possam ser indevidamente adulterados em alguma ação criminosa. As partículas de plástico são reutilizadas em processos sustentáveis de reciclagem. Atualmente, o índice de reciclagem do material atinge 98%, minimizando-se o impacto ambiental, conforme Plano de Logística Sustentável (PLS) do TSE 2021-2026, aprovado pela Portaria TSE nº 98, de 16 de fevereiro de 2023.
Entre 2009 e 2018, o TSE realizou o descarte ecológico de mais de 6.123 toneladas de equipamentos. Esse volume gerou arrecadação próxima a R$ 2 milhões, valor devolvido aos cofres públicos.
Saiba mais sobre o descarte ecológico seguro e transparente de urnas não mais utilizadas: https://www.tse.jus.br/eleicoes/historia/processo-eleitoral-brasileiro/logistica-e-preparacao/descarte-das-urnas.