O terceiro episódio da série de documentários “Novos olhares sobre o tempo – Memórias da Democracia” traz o depoimento do ministro Marco Aurélio, que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral em duas ocasiões: de 1996 a 1997 e de 2006 a 2008. Ligado à natureza e à família, ele conta que vê no direito uma forma de buscar a justiça. “Atuo com a mais absoluta pureza d’alma, e somente me curvo à ciência e consciência possuídas. Busco implementar a almejada justiça, compreendendo, inclusive, a angústia dos envolvidos no processo,” revela. E, se muitas vezes, o entendimento firmado nos votos não é compartilhado pelos colegas, isso não é um problema: “A divergência no colegiado é salutar. Quantas e quantas vezes você fica como julgador isolado e a semente plantada frutifica posteriormente e há uma modificação na jurisprudência?” No segundo bloco, em uma conversa com o advogado Tarcisio Vieira de Carvalho, o ministro relembra fatos que ocorreram nos períodos em que esteve na presidência do Tribunal Superior Eleitoral. Um deles foi o início dos trabalhos para a construção da nova sede do TSE, em 2006. O ministro fala ainda sobre a importância do voto consciente: “A sociedade não é vítima, ela é autora das escolhas deficientes dos representantes. É importante que o eleitor compreenda que o voto tem um peso muito específico.” A série de documentários “Novos olhares sobre o tempo – Memórias da Democracia” é um resgate da história da Justiça Eleitoral do Brasil. Ex-presidentes do Tribunal Superior Eleitoral, que participaram ativamente da construção e fortalecimento da democracia brasileira, contam um pouco da história recente da Justiça Eleitoral, narram fatos que marcaram o país e curiosidades de bastidores. Depoimentos de quem vivenciou importantes períodos da construção da nação e que mostram a importância do voto, da liberdade de escolha dos representantes e de eleições limpas e transparentes. Serviço: O episódio da série “Novos olhares sobre o tempo – Memórias da Democracia” com o ministro Marco Aurélio estreia na TV Justiça no sábado, 10/08, às 19h, com reprises no domingo, às 18h, terça, às 11h e quinta, às 21h.